Embora Cuba exiba a imagem de um país em processo de abertura política e econômica, ainda não adotou medidas concretas para promover a liberdade de expressão. As autoridades anunciaram planos para eliminar as regulamentações sobre vistos de saída do país, que há muito restringem as viagens de cubanos, mas alguns céticos duvidam do compromisso do governo com essa reforma. Uma pesquisa do CPJ mostra que a conhecida blogueira Yoani Sánchez teve o visto de saída do país negado ao menos 19 vezes. A Venezuela, que financiou um projeto cubano muito divulgado de cabos de fibra óptica, disse que a instalação estava concluída, mas Havana não informou até agora quando a tecnologia começará a ser usada. A difusão da internet no país continuava baixa, com conexões públicas lentas e caras. Cuba estava em nono lugar na pesquisa global do CPJ de países com os mais altos índices de censura, e as autoridades continuavam a reprimir a dissidência. Depois de um ano de ausência, Cuba voltou a figurar na lista de países com jornalistas encarcerados.  Um jornalista independente estava preso, quando o CPJ realizou seu levantamento mundial anual. Apesar de um número menor de detenções prolongadas de jornalistas nos últimos anos, organizações de direitos humanos e reportagens  documentaram detenções de curto prazo e perseguições durante eventos que receberam grande cobertura, como a visita do Papa Benedito XVI em março. As autoridades detiveram Sánchez e outros dois blogueiros quando estavam a caminho de cobrir um julgamento relacionado com a morte em um acidente de carro, em julho, do conhecido dissidente Oswaldo Payá. A jornalista e advogada Yaremis Flores foi detida por dois dias após informar sobre críticas feitas ao governo por sua resposta ao furacão Sandy em artigos publicados no site Cubanet, sediado em Miami. Dois anos após a libertação dos detidos na Primavera Negra, muitos dos jornalistas enfrentam sérias dificuldades econômicas no exílio. Um deles, Alberto Santiago Du Bouchet Hernández, cometeu suicídio em abril.

Cuba

Principais acontecimentos

» Um jornalista está preso; vários outros foram detidos por breves períodos.

» Governo obstrui a cobertura da visita do Papa e a de um julgamento relacionado à morte de um dissidente.

Embora Cuba exiba a imagem de um país em processo de abertura política e econômica, ainda não adotou medidas concretas para promover a liberdade de expressão. As autoridades anunciaram planos para eliminar as regulamentações sobre vistos de saída do país, que há muito restringem as viagens de cubanos, mas alguns céticos duvidam do compromisso do governo com essa reforma. Uma pesquisa do CPJ mostra que a conhecida blogueira Yoani Sánchez teve o visto de saída do país negado ao menos 19 vezes. A Venezuela, que financiou um projeto cubano muito divulgado de cabos de fibra óptica, disse que a instalação estava concluída, mas Havana não informou até agora quando a tecnologia começará a ser usada. A difusão da internet no país continuava baixa, com conexões públicas lentas e caras. Cuba estava em nono lugar na pesquisa global do CPJ de países com os mais altos índices de censura, e as autoridades continuavam a reprimir a dissidência. Depois de um ano de ausência, Cuba voltou a figurar na lista de países com jornalistas encarcerados.  Um jornalista independente estava preso, quando o CPJ realizou seu levantamento mundial anual. Apesar de um número menor de detenções prolongadas de jornalistas nos últimos anos, organizações de direitos humanos e reportagens  documentaram detenções de curto prazo e perseguições durante eventos que receberam grande cobertura, como a visita do Papa Benedito XVI em março. As autoridades detiveram Sánchez e outros dois blogueiros quando estavam a caminho de cobrir um julgamento relacionado com a morte em um acidente de carro, em julho, do conhecido dissidente Oswaldo Payá. A jornalista e advogada Yaremis Flores foi detida por dois dias após informar sobre críticas feitas ao governo por sua resposta ao furacão Sandy em artigos publicados no site Cubanet, sediado em Miami. Dois anos após a libertação dos detidos na Primavera Negra, muitos dos jornalistas enfrentam sérias dificuldades econômicas no exílio. Um deles, Alberto Santiago Du Bouchet Hernández, cometeu suicídio em abril.



  • 19

    No exílio, 2007-12
  • Mais censurado
  • 1

    Encarcerado em 1º de dezembro
  • 30

    Horas de detenção
 

Pelo menos 19 jornalistas foram obrigados a fugir de Cuba desde 2007, segundo dados do CPJ. Vários dos detidos durante a  Primavera Negra foram enviados para a Espanha como parte das negociações para a libertação. A vida no exílio foi marcada por muitas privações.

Principais países de onde jornalistas fugiram, 2007-12:
exiled

1. Somália 78
2. Irã 68
3. Etiópia 49
4. Iraque 40
5. Eritreia 27
6. Sri Lanka 23
7. Cuba 19
8. Paquistão 15
9. Chade 14
10. Ruanda 14
 

Cuba ficou em nono lugar no levantamento global de 2012 do CPJ sobre os países com maior incidência de censura. As autoridades continuavam a perseguir jornalistas críticos, com prisões arbitrárias, detenções de curta duração, vigilância, e campanhas difamatórias, enquanto todos os meios noticiosos nacionais autorizados permaneciam controlados pelo Partido Comunista.

Países mais censurados, segundo o CPJ:
censored_iran

1. Eritreia
2. Coreia do Norte
3. Síria
4. Irã
5. Guiné Equatorial
6. Uzbequistão
7. Mianmar
8. Arábia Saudita
9. Cuba
10. Belarus


 

As autoridades em Havana espancaram e prenderam Calixto Ramón Martínez Arias, repórter da agência de notícias independente Centro de Información Hablemos Press, em dia 16 de setembro, por ter informado sobre um carregamento de remédios e equipamento médico que havia sido danificado, segundo as informações da imprensa.

Jornalistas encarcerados em Cuba nos últimos anos:
 

As autoridades prenderam por 30 horas a blogueira Yoani Sánchez, seu marido, o jornalista Reinaldo Escobar, e o blogueiro Agustín Díaz. Os três se preparavam para cobrir o julgamento de um homem acusado de provocar a morte do dissidente político Oswaldo Payá em um acidente de carro. A grande visibilidade internacional de Sánchez transformou-a em um frequente alvo do governo.


Perseguição a Sánchez nos últimos anos:

2007:

Sánchez é a primeira pessoa em Cuba a assinar seu blog.

2008:

Sánchez diz que seu blog foi atacado por um hacker e fica fora do ar por vários dias.

2009:

Sánchez e dois outros blogueiros independentes cubanos são detidos, perseguidos e agredidos por agentes de segurança do Estado a caminho de uma manifestação pacífica em Havana.

2011:

S&ánchez is smeared as a “cybermercenary&” on state television.

Fevereiro de 2012:

Sánchez  teve negado seu pedido de visto para viajar ao exterior pela 19ª vez.

Outubro de  2012:

Sánchez é detida, junto com Escobar e Díaz.

Novembro de 2012:

Sánchez e pelo menos outros 15 jornalistas e dissidentes são detidos

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