Luz Maria Dávila, cujo filho foi morto por violência de gangues no estado de Chihuahua, tem um bilhete para assistir a uma missa celebrada pelo papa Francisco no estado, 11 de fevereiro de 2016. (Reuters/Jose Luis Gonzalez)
Luz Maria Dávila, cujo filho foi morto por violência de gangues no estado de Chihuahua, tem um bilhete para assistir a uma missa celebrada pelo papa Francisco no estado, 11 de fevereiro de 2016. (Reuters/Jose Luis Gonzalez)

Jornalista mexicana morta a tiros em Chihuahua

Nova York, 23 de março de 2017 – Miroslava Breach Velducea, correspondente do jornal La Jornada no estado de Chihuahua, no norte do país, foi assassinada esta manhã na capital do estado, que tem o mesmo nome.

Breach, de 54 anos, foi vítima de oito disparos efetuados por um desconhecido quando a jornalista deixava sua casa em seu carro, acompanhada por um de seus três filhos, pouco antes das 7h00, segundo informações da imprensa. O filho não ficou ferido e a jornalista faleceu a caminho do hospital. Breach cobria assuntos relacionados a crime e política, entre outros. Breach foi a terceira jornalista assassinada em um mês. O CPJ confirmou que Cecilio Pineda Birto foi assassinado por seu trabalho informativo, enquanto continua investigando o motivo do homicídio de Ricardo Monlui Cabrera.

“Estamos indignados com o brutal assassinato de Miroslava Breach”, afirmou o coordenador sênior do programa das Américas do CPJ, Carlos Lauría. “Esta onda de violência ameaça o direito de os cidadãos receberem informação vital e mina a democracia mexicana ao limitar o debate político. Instamos o governo federal a pôr fim a esta onda de violência ao processar todos os autores do crime”.

Nahum Pedro Zárate, diretor-geral adjunto da procuradoria especial para atenção de delitos contra a liberdade de expressão (FEADLE, pela sigla em espanhol), disse ao CPJ que foi aberta uma investigação federal.